Maio é um mês importante em nosso calendário, é o mês da luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo que 18 é o Dia Nacional de enfrentamento ao abuso e exploração sexual.
Em 1973, no dia 18 de maio, em Vitória/ES, uma menina de 8 anos, chamada Araceli foi raptada, estuprada e morta por uns jovens de classe média alta. O crime foi tão chocante, que teve sua data escolhida para ser o dia de mobilização nacional.
A nossa realidade é alarmante, principalmente se pensarmos que muitos casos não são notificados. De acordo com o disque 100, em 2016, foram 15 mil e 707 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Há, em média, 50 mil estupros registrados por ano no Brasil, destes, 70% são de crianças e adolescentes.
Porém, sabemos que há a cifra oculta, assim como acontece na violência contra a mulher. Muitos casos não são revelados nem para as pessoas mais íntimas da vítima, quanto mais denunciados. A perversão de ser abusado por um familiar ou amigo próximo também colabora para a não revelação dos abusos.
Além disso, temos a falta de habilidade das instituições em receber de forma humanizada as vítimas, de se ter um protocolo de atendimento, de se notificar os órgãos competentes, de se ter uma justiça rápida e eficiente… se pensarmos bem, talvez haja mais motivo para não denunciar. Depois da denúncia, para onde irá a vítima? De volta a casa do abusador? Para um abrigo público? Para
a casa de um parente que também poderá abusar?
Que segurança oferecemos para a vítima?
Sem políticas públicas eficientes, sem cobrança por parte da população, sem mais amor e menos ódio, sem respeito ao ser humano, continuaremos a ter nossas crianças e adolescentes explorados e sem perspectiva de futuro.
#Faça Bonito – proteja nossas crianças e adolescentes
Fonte:
Ministério dos Direitos Humanos
Carta Capital
Andrea Guirra