Projeto Tereza de Benguela “Saberes que transformam.”

Momento das(os) membras(os) da Rede de Frente e convidadas(os) com a Profa. Dra. Claudia Cristina F. Carvalho – UFGD/MS.

É essencial que compreendamos a diferença entre a violência de gênero e a violência “comum”. Assim como os crimes de ódio, que se distinguem de crimes convencionais por carregarem em si uma carga de discriminação e preconceito direcionados a grupos específicos. Preconceitos como machismo, misoginia, racismo, capacitismo, etarismo e xenofobia andam de mãos dadas, formando uma poderosa estratégia de dominação e submissão de segmentos da população. Essa intersecção de violências revela o quão enraizada está essa estrutura de poder, que marginaliza e exclui grupos vulneráveis.

Estamos enfrentando uma verdadeira pandemia de violências, que se manifesta de forma estrutural, direta e simbólica. Mais do que nunca, é necessário discutir o impacto da masculinidade hegemônica, que perpetua essa lógica de opressão, e a ausência, ou até mesmo a retirada, das mulheres dos espaços públicos e de decisão. As mulheres têm sido sistematicamente silenciadas e excluídas desses espaços, e isso não pode mais ser ignorado. Precisamos criar condições para que ocupem seu lugar de direito na fala, na liderança e no poder.

Debater essas questões é urgente. Somente assim poderemos avançar na construção de uma sociedade mais justa e equitativa, onde a cultura da paz prevaleça sobre a violência, e o compromisso coletivo seja direcionado para a criação de espaços seguros e inclusivos para todas e todos.

 

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