Na manhã do dia 26 (sexta-feira) de abril de 2019, ainda em atenção à semana da/o Índia/o a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica Contra a Mulher, na pessoa dos membros Lindalva de Fátima Ramos e Joel Lima Goes, com os colaboradores Paulo Fernando Lima e Keila Oliveira, servidores da Defensoria Pública, visitou a Terra Indígena São Marcos, Aldeia Nossa Senhora de Guadalupe e Aldeia Nossa Senhora das Graças, ambas da etnia Xavante, com objetivo foi levar informações aos habitantes das comunidade e planejar futuras ações.
Após ouvir e falar com líderes locais para conhecer a realidade do povoado indígena, o grupo convidou os moradores para uma roda de conversa, onde eles puderam tirar dúvidas sobre os direitos das mulheres e as ações da Rede de Frente e da Defensoria Pública.
“As mulheres indígenas também têm a proteção legal da lei Maria da Penha”, explicou a defensora. “Contudo, na prática, nós sabemos das dificuldades que enfrentaremos para tratar do assunto violência de gênero nas comunidades indígenas, pois a cultura destes povos é milenar e não conseguiremos uma mudança de atitude em relação às mulheres do dia para a noite. Porém é preciso começarmos.”
“A intenção não é prejudicar a cultura xavante, as mulheres indígenas só precisam ser respeitadas e tratadas com igualdade de direitos e deveres dentro das comunidades” esclareceu a defensora que, mesmo diante de reclamações pontuais dos caciques, se mostrou otimista, por quê na “Aldeia Nossa Senhora de Guadalupe temos lideranças indígenas femininas com voz ativa, isso é muito importante”.
“Sou profundo conhecedor da realidade das populações indígenas da região e por isso sei o quanto é importante essa visita às comunidades e o trabalho da Rede de Frente, da Defensoria Pública e da FUNAI dentro delas. Importante ressaltar que, o Sr. Carlos Henrique Silva, Coordenador da FUNAI está parceiro nessas ações. Fico muito feliz de poder estar participando e auxiliando nesse trabalho, por intermédio da Rede de Enfrentamento à violência doméstica contra a mulher de Barra do Garças e Pontal do Araguaia.” afirmou o Sr. Joel Hipólito Lima Góes.
Para conhecer melhor cada caso a ser resolvido e aproximar as mulheres indígenas da Defensoria Pública, ficou estabelecido que deverá ser marcado um dia para que a Instituição possa atender e buscar soluções para os problemas pontuais existentes dentro das comunidades Aldeia Nossa Senhora de Guadalupe e Aldeia Nossa Senhora das Graças, para então ser elaborado um projeto para os povos indígenas da região. Nesse aspecto o Sr. Joel Lima Goes intermediará uma parceria com a FUNAI em Barra do Garças.
Na Aldeia Nossa Senhora de Guadalupe participaram os Caciques Davi Tsiwededzapre Tsudzawwerw e João Aparecido Mononi Tsudzawere, bem ainda as lideranças femininas Pascoalina Retario e Verônica Watamatao; já da Aldeia Nossa Senhora das Graças veio o Cacique Mariano Wadzerepruwe Babaté e o vice-cacique Eliseu Waduipi Tsipré, e claro as/os indígenas das duas comunidades.
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Lindalva de Fátima Ramos